sábado, 14 de maio de 2011

O jogo de Pollyana

Acho isso uma coisa bem doida no ser humano: você sabe o que está errado, sabe que existem formas de reverter a situação, mas não tem forças para nada. 
Nunca estamos satisfeitos com nada. Se estamos virados para à esquerda, reclamamos porque, na verdade, gostaríamos de nos virar para à direita. Porém a questão é a seguinte: se estivéssemos inicialmente para à direita,  o lado oposto seria o mais desejado. Confuso, confesso. Mas foi a essa conclusão que cheguei. 
Percebi que o mal do século seja talvez o lado "maximizador" que todo ser humano tem dentro de si; as vezes pessoas perfeccionistas demais tem uma tendência a ser tornarem "maximizadoras". Melhor explicar o termo: "Os 'maximizadores' querem absolutamente fazer a escolha certa; o 'maximizador' nunca é feliz: ele é corroído pelo remorso e pela dúvida (será que examinou efetivamente todas as possibilidades?)."
É isso que todo mundo quer hoje: fazer a escolha certa. Ponto final. 
Não podem se contentar com algo que seja suficientemente bom. A cobrança vem sempre castigando. A sociedade sempre cobra cada dia mais e mais. 
Nessa de se contentar com algo que seja suficientemente bom, conheci Pollyana. Essa garotinha vai ficar sempre na minha vida. 
Na verdade, essa menininha linda é apenas uma personagem de livro, mas queria muito que ela fosse real. 
Pollyana me ensinou um jogo e, assim como ela, agora quero que todos joguem comigo.
Há sempre uma lição boa pra se tirar de uma situação ruim e é isso que o "jogo do contente" diz. Se aconteceu algo de ruim com você, não se desespere. Procure refletir e logo encontrará um motivo para ficar feliz.
A amiga que me indicou esta leitura (Jéssica, minha Ovelha) me disse que levava a lição de Pollyana sempre. Na hora fiquei curiosa pra saber o que era.
Há alguns minutos atrás terminei o livro e digo o mesmo: a lição da garota é sim para a vida toda!
Ao invés de deixar o lado "maximizador" que existe dentro de nós tomar cada vez mais conta do mundo, seria muito melhor que o jogo ditasse as regras. 
Afinal, devemos ficar alegres por não precisar de muletas. E se um dia precisar, fique feliz por um dia não ter precisado. 

Quem tiver curiosidade e quiser jogar o "jogo do contente" comigo, aqui tem o livro em PDF para download. http://www.golfinho.com.br/download/pollyanna.pdf

terça-feira, 3 de maio de 2011

Fim do 11 de setembro.

Mesmo depois de tantos anos, só agora o episódio do 11 de setembro teve fim. Na madrugada de segunda-feira, Bin Laden foi morto por tropas americanas em sua fortaleza particular. Até onde os noticiários contam, o homem mais procurado do mundo foi assassinado com um tiro na cabeça.
As contradições aparecem a cada momento e é claro que questionamentos do tipo "será que ele morreu mesmo?" são muito óbvios (Mas ninguém viu Michael Jackson também) . Torço muito pra que isso seja realmente verdade. Um homem com pensamentos tão cruéis não merecia permanecer vivo.
Até mesmo o Vaticano se pronunciou em relação a isso. E por sorte, favoravelmente.
Alguns defendem dizendo que aqueles eram os valores morais do país, que a religião deles é desse jeito mesmo... Mas nada me faz achar que o que esses homens fazem é correto. Tirar a vida de outras pessoas "em nome de Deus" é demais pra minha pequena cabeça.
O fator preocupante agora são as batalhas que serão consequência deste ato. A morte de Osama Bin Laden colocou um ponto final do episódio que chocou o mundo e matou milhares de pessoas; mas não é nem o começo de muitas outras.

domingo, 24 de abril de 2011

Olá!

Dá vontade de escrever as vezes... quase sempre, na verdade. Mas nos últimos dias não me senti segura para fazer isso.
Acho que hoje as circunstâncias me deram coragem. Poderia postar aqui as minhas reclamações, minhas insatisfações e tudo mais. Porém não vou fazer isso.
Lendo uma notícia no G1 ("A questão que fica é São Paulo", diz ministro sobre as obras da Copa 2014.), me lembrei de algo que vi ontem na TV e que me chamou muito a atenção.
O primeiro fato foi o quadro do programa Caldeirão do Huck, Lar Doce Lar. Gosto especialmente do quadro e do trabalho que a equipe desenvolve, mas o de ontem me chamou a atenção de um modo especial. 
É certo que muitas pessoas já tenham esquecido da catástrofe ocorrida na serra fluminense em janeiro deste ano. Uma das cenas mais chocantes, foi a da moradora sendo salva por vizinhos através de uma corda (Mulher é salva por vizinhos). No Lar Doce Lar de ontem, esta mulher (esqueci o nome dela) ganhou uma casa nova e a oportunidade de recomeçar sua vida. Foi um gesto pequeno perto da destruição, mas eu afirmo com certeza que gestos pequenos levam a um enorme resultado. Além disso, um outro morador foi convidado a participar do Agora ou Nunca 5 estrelas
Grande parte dessas pessoas estão hoje vivendo em barracas de camping, ou então em alojamentos comunitários. Perderam suas roupas, fotos, documentos, móveis, tudo. 
As imagens mostradas ontem pelo programa me deixaram de boca aberta. A visão que se tem das ruas ainda é a mesma: muita lama, destroços por todos os lados, árvores caídas. O cenário conta que a chuva destruiu tudo semana passada, mas já se passaram quatro meses e nada foi feito por aquelas pessoas. 
Famílias inteiras sem perspectiva nenhuma de vida. E você me pergunta por que a citação da matéria sobre as obras para a Copa de 2014. Explico.
Não sou contra, muito pelo contrário, acho o período muito contagiante e o mundo parece girar em um ritmo diferente. Mas é impossível e acho até que uma falta de responsabilidade muito grande, deixar milhares de SERES HUMANOS vivendo em barracas minúsculas enquanto milhões, milhões, milhões e mais milhões de reais são gastos em obras do tipo. 
O Brasil merece sim receber um evento destes, mas é burrice tentar mascarar os problemas sociais que temos com uma partida de futebol. A copa vai acabar, as pessoas vão voltar ao ritmo normal de suas vidas e a situação vai permanecer a mesma.
O caso do esquecimento do RJ por parte das autoridades é apenas um exemplo; são problemas de segurança, saúde, emprego, educação, alimentação e por aí vai. 
Talvez alguém possa dizer que estou errada ao questionar e discordar desta atitude, mas meu lado humano fala mais alto em situações assim. Ninguém nasceu para viver a margem da boa vontade de governantes.